terça-feira, julho 28, 2009

Faz sempre bem recordar:

Pintor Danilo Gouveia (40 anos a pintar - 1960/2000)
Por entre uma crise de valores, onde nos confundimos e nem sabemos o que é certo ou errado, o que é simples ou complexo, o que é suposto ou o que é imposto. Quando nos aproximamos de mansinho do mundo das artes de hoje em dia e nos surpreendemos pela arrogância, vedetismo e pelas pedras que atiram a quem humildemente se quer aproximar, experimentar ou tentar fazer o que gosta.

Nos dias que correm onde já se perdeu a noção de talento para se dar lugar a ambição, e já perdeu a noção de simplicidade, compreensão e respeito pelo próximo para dar lugar a ganância e desrespeito. Quando aprendemos que para ganhar um lugar ao sol temos que apanhar muitos escaldões, e na maioria da vezes o melhor é nos metermos à sombra para não magoar muito o interior. Quando nem percebemos a razão das coisas, porque por uma questão naife, ingénua e talvez imatura ainda achámos que o mundo está cheio de pessoas seguras e boas, mas no entanto só se cruza com pessoas mal resolvidas.

Quando chegamos ao mundo dos crescidos a pensar que vão ser todos como aqueles bons exemplos que conhecemos ou que tivemos a sorte de crescer com eles por perto, e encontramos pessoas a quererem destruir antes sequer de tudo começar, ou impedir a entrada antes de sequer de chegarmos à porta, quando nos desiludimos com a vida…

Vivendo e escrevendo em completa antítese, na complexidade ou simplicidade dos opostos, quando aparece o mau procuramos o bom, quando aparece o complicado procuramos o simples, quando nos deitam ao chão procuramos uma corda para voltar a trepar. Sempre que me desiludo com as pessoas procuro ou tento me lembrar de um bom exemplo para não me desiludir, ou para a decepção passar depressa, por isso nos tempos que correm lembrei-me de um exemplo de um verdadeiro artista, faz-me voltar a acreditar, faz-me voltar a sorrir por me lembrar, encontrar ou reencontrar pessoas que valem a pena, e por isso fazem com a vida valha a pena…

Para me relembrar porquê é que sempre achei a vida das artes interessante aqui vai um pouco do que me fez gostar, interessar-me e neste momento, voltar a acreditar: